A poluição sonora dos oceanos já é algo real. Muitos acham que o fundo do mar é completamente silencioso… Quem mergulha no oceano a poucos metros de profundidade ou até mesmo quem assiste a alguns documentários na televisão tem a impressão de que se trata de um ambiente muito calmo. Mas sim, há muito barulho no mar, como a crepitação de corais e os sons emitidos por cachalotes (uma espécie de baleia), golfinhos, e muitos outros.
Os sons no oceano são naturais, mas hoje estão dez vezes mais altos do que em meados do século XX. E é claro que a humanidade está envolvida nisso. Surgiram, com o passar das décadas, novas tecnologias de navegação e de pesquisas sísmicas (que usam extensas ondas de som a fim de explorar o fundo do oceano e seus recursos naturais) que estão afetando a vida marinha.
Um estudo publicado em 2015 analisou a poluição sonora marinha e seus efeitos na biota marinha. Para se ter uma ideia, pesquisas sísmicas intensas atingem uma média de 230 decibéis (dB) – um show de rock atinge entre 105 dB e 120 dB.
Esse nível de som afeta a audição dos animais de acordo com a exposição, coloca em risco a comunicação entre espécies e submete o animal a um estresse de longo prazo, o que provoca problemas psicológicos e reprodutivos.
A legislação referente à poluição sonora do mar difere de região para região. No Brasil, para esse tipo de atividade, é necessário somente uma licença, a Licença de Pesquisas Sísmicas, que exige estudos ambientais de acordo com a profundidade da área. Também é importante estabelecer valores de restrição baseado em dados confiáveis com o objetivo de estabelecer limites para as pesquisas sísmicas.
Mudanças devem ocorrer logo, pois este não é o único dano que o oceano está sofrendo… Ainda existem problemas de poluição, aumento no nível do mar e da temperatura, acidificação, causando um desequilíbrio ecológico imensurável.
Confira um vídeo (em inglês) sobre os impactos da poluição sonora no oceano.
Cientistas do mundo inteiro estão exigindo regulamentações mais rígidas para proteger a vida selvagem marinha da poluição sonora nos oceanos.
Assim como os cientistas estão fazendo, é preciso pressionar governos e empresas a restringirem as atividades em habitats biologicamente sensíveis. É preciso estabelecer limites gerais de ruído com base no monitoramento. Já existem novas técnicas causam menor poluição sonora nos oceanos e que podem ajudar a reduzir os riscos para as espécies marinhas. O problema maior é que, a poluição sonora nos oceanos é um problema a nível transfronteiriço, então os esforços para solucioná-lo devem sr globais. Finalmente, queremos ver os efeitos do ruído cumulativo incorporados nas avaliações de impacto ambiental.
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