Flúor faz mal? Entenda e conheça alternativas

Nos dias de hoje é comum comprarmos um produto sem saber para que as substâncias que o compõe servem e nem se elas podem oferecer algum risco à saúde. Um exemplo é o flúor — comumente encontrado no creme dental, ele auxilia, como não cansam de dizer as propagandas, no controle da cárie dentária. Mas será que é só no creme dental que ele é encontrado? E o flúor faz mal à saúde?

A cada duas horas, uma criança é levada ao hospital por acidentes com cosméticos

O que é o flúor

O flúor é um elemento químico não metálico localizado no grupo 17 da tabela periódica. Ele foi descoberto pelo químico francês Henri Moissan por meio da eletrólise de fluoreto de potássio (KHF2). Por ser muito reativo, nunca é encontrado na sua forma elementar.

Ele está presente em diversos locais, como na água tratada, nos alimentos, no solo, no ar, em produtos naturais, industrializados e, no popular creme dental. Ele também é conhecido como fluoreto (fluorine, em inglês). Na crosta terrestre, ele é o halogênio mais abundante.

O seu uso está em todos os cremes dentais que estão no mercado. A concentração inicial de flúor deve ser entre 1000 ppm e, no máximo, de 1500 ppm. O flúor confere um papel importante na limpeza e controle das cáries.

O flúor age nos dentes tornando-os mais resistentes à ação de bactérias, porém essa defesa é limitada e sua eficiência varia em função de quanto açúcar se ingere na alimentação.

Os governos estaduais e federal, no Brasil, com o intuito de combater as cáries, passaram a fazer a aplicação do flúor na água de abastecimento público. Assim, toda a população, mesmo a mais carente, pode ter acesso à substância. Isto reduziu consideravelmente a incidência de cáries na população.

O flúor ingerido é absorvido e, a maior parte dele destina-se aos ossos e aos dentes. Estima-se que a quantidade média ingerida diariamente seja de 0,2 a 3,1 mg para adultos e 0,5 mg para crianças.

Quais os riscos do flúor?

O sucesso do flúor no passado em controlar cáries na população vem se tornando motivo de preocupação por parte de alguns pesquisadores. A presença de flúor na água potável pode trazer alguns problemas de saúde na população, principalmente em crianças, onde o excesso de flúor pode causar fluorose dentária.

A fluorose dentária é um processo de má formação do esmalte, devido ao excesso de flúor ingerido durante o desenvolvimento dos dentes; no caso da dentição permanente, o período é de um ano até os sete anos de idade. Nos casos mais brandos, a fluorose dentária é caracterizada por manchas esbranquiçadas opacas e, nos casos mais graves, por manchas amarronzadas, com perda da resistência do dente, podendo ocorrer fratura.

Foto de Rudi Fargo na Unsplash

Atualmente, discute-se uma forma de tornar a exposição à substância mais benéfica, reduzindo as cáries, mas evitando malefícios à saúde.

A preocupação com a ingestão excessiva de flúor levou à criação de normas para a adição no tratamento de água potável. Trata-se da portaria 518/04, que estabelece o valor máximo permitido para a inserção de flúor na água.

Mas não para por aí, pois vários outros produtos contêm flúor: chás, cereais infantis, frango seco industrializado, peixe e frutos do mar. Por este motivo, vale checar a embalagem para verificar se há adição de flúor no produto. Sabe-se que o perigo é devido a sua alta ingestão. Desse modo, evitar alguns produtos que o contenham pode ser uma medida benéfica.

O que pode substituir o flúor?

Apesar da incerteza de uma conclusão para saber se o flúor faz mal ou não, principalmente para aqueles preocupados em escovar os dentes. Em vez de comprar sua pasta de dente, que tal fazer você mesmo a sua própria? Veja como em “Creme dental caseiro: veja como fazer pasta de dente natural”. Mas caso você não tenha disposição para fazer sua própria pasta de dente sem a substância, não se preocupe, com um pouco de dedicação você encontra marcas que fabricam creme dental sem flúor, principalmente no mercado online.

Imagem de Joshua Hoehne no Unsplash
Como fazer pasta de dente sem flúor

Outro ponto é evitar o consumo de produtos que contenham a adição da substância, a não ser que seja indicado por um médico. A alimentação e o consumo de água já oferecem todo o flúor que é necessário para um bom funcionamento do corpo.

Para reduzi-lo da água você pode fazer água solarizada, uma técnica que permite que esse elemento evapore, tornando a água mais alcalina e salubre. Entenda como fazer isso na matéria: “Como fazer água alcalina?“.

O debate sobre os benefícios e os malefícios da adição de flúor na água continua. O importante é ter uma visão criteriosa e ficar atento, pois a afirmação “quanto mais flúor melhor” não é válida — o ideal é que o ponto de equilíbrio na utilização dessa substância seja encontrado.

Equipe eCycle

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